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Dona Valmira aos 101 anos, abraçada a uma boneca que simboliza seu amor pelas crianças

Areia Branca se despede de dona Valmira, uma das mais antigas parteiras do Brasil

Dona Valmira aos 101 anos, abraçada a uma boneca, simbolizando seu amor pelas crianças

Por Luciano Oliveira

O domingo, 9, em Areia Branca foi marcado pelo falecimento de uma das mais antigas parteiras do Brasil: Valmira Pereira da Silva, aos 101 anos de idade (completados em outubro de 2021).

“Mãe Valmira”, como muitos a chamavam, ajudou a trazer ao mundo um número incontável de crianças. No livro “Areias Brancas ao vento… Recordações de um tempo!”, o autor Paulo César de Brito descreveu com riqueza de detalhes a trajetória de dona Valmira, desde sua saída de Mossoró, sua terra natal, até se estabelecer em Areia Branca.

Já como enfermeira, passou a trabalhar no Hospital Sara Kubitschek e foi ao lado do médico Francisco Fernandes da Costa, o popular Dr. Chico Costa, que dona Valmira passou a ser reconhecida pelo seu ofício, em Areia Branca.

Conta o escritor Paulo César de Brito que dona Valmira constituiu uma família numerosa de 20 filhos, 32 netos e 19 bisnetos. Aposentada depois de décadas de serviços prestados na área da saúde, residia na Rua Francisco Ferreira Souto, nas proximidades do Mercado Público Central.

A morte da centenária e eterna parteira, foi sentida por muita gente, por se tratar de pessoa muito conhecida e admirada por inúmeras famílias que tiveram entes queridos nascidos por meio de suas mãos habilidosas.

Como disse o escritor Paulo César de Brito numa postagem em suas redes sociais sobre a morte de dona Valmira, “hoje foi recebida por dona Aldeida Caldas e dona Maria Madalena, dona Chaquinha, amigas parteiras, no lar celestial”. E acrescente-se Ana Paulino de Medeiros, que também fez história como parteira em Grossos e Areia Branca. Era mãe do saudoso prático de navegação e ex-prefeito de Areia Branca, Jairo Josino de Medeiros.

Dia Nacional da Parteira

A título de informação, em 20 de janeiro é comemorado o Dia Nacional da Parteira, ofício que atravessou gerações e hoje encontra novas configurações e desafios.

A data é relativamente recente no calendário nacional, foi incorporada em 2015, por meio de um projeto de lei na Câmara dos Deputados, mas a data já existia no estado do Amapá.

O dia foi escolhido porque 20 de janeiro é o aniversário da parteira tradicional mais antiga da capital do estado, Macapá, Juliana Magave de Souza, que nasceu em 1908 e teria realizado mais de 400 partos.

Fotos: Arquivo da família 

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