O vírus da Covid-19 voltou a trazer preocupação em Minas Gerais, mais especificamente no Vale do Jequitinhonha. A pequena cidade de Santa Helena de Minas, que fica a 669 km de Belo Horizonte e abriga cerca de 6 mil habitantes, vem registrando um aumento de casos da doença. Essa elevação repentina levou a prefeitura a emitir um decreto com medidas de prevenção. A principal delas recomenda o uso de máscaras em qualquer lugar fechado e com grande aglomeração de pessoas. A notícia é do Estado de Minas.
A medida do Executivo foi tomada no dia 12 de novembro, após o registro de 78 casos da doença somente em uma semana, segundo informações de Raul Rodrigues, secretário municipal de Saúde. Cinco funcionários da rede pública de saúde foram afetados e tiveram que ser afastados, o que aumentou o alerta entre os gestores municipais. As baixas estão colocando em risco o pleno funcionamento das unidades de atendimento à população.
Segundo dados informados pela prefeitura, o perfil mais afetado pela doença na cidade atualmente é de mulheres entre 35 e 50 anos de idade.
Outro receio do Executivo envolve a cobertura vacinal e a falta de adesão dos moradores ao imunizante. Segundo o chefe da pasta de Saúde, a imensa maioria dos moradores que aceitaram fazer o teste teve resposta afirmativa. “Setenta por cento dos que fizeram o teste da COVID-19 foram positivados. Porém, está havendo grande recusa tanto para a realização dos testes quanto para a vacinação”, afirmou o secretário. Para mudar esse cenário, o servidor diz que uma campanha de conscientização vem sendo realizada para convencer o público-alvo a aderir à vacina.
Território indígena
Entre os quase 6 mil moradores do município, cerca de 1/6 — exatamente 1.014 pessoas — são indígenas da etnia Maxakali, mas o secretário não soube informar se algum deles testou positivo para a doença.
Outras medidas ordenadas pela prefeitura são o uso obrigatório de máscaras faciais nas dependências dos centros de saúde e a oferta de álcool em gel em todos os estabelecimentos da cidade, sejam públicos ou privados.
Ao ser questionado se a prefeitura irá disponibilizar esses itens aos comerciantes, Rodrigues informou que a responsabilidade é individual. Os estabelecimentos que não cumprirem o determinado no decreto terão as atividades suspensas, ainda segundo o secretário.
Caso o número de casos da doença continue em ritmo de elevação, a prefeitura estima obrigar o uso da máscara facial em qualquer estabelecimento.
Ainda na lista de medidas, as escolas e creches devem manter o acompanhamento de alunos e servidores com sintomas gripais.
Assinado pelo prefeito Marcus Aurelius Rodrigues, o decreto vale por tempo indeterminado, a depender do avanço ou recuo da enfermidade no município. Segundo Rodrigues, o avanço da doença afeta não somente Santa Helena de Minas, mas também os municípios vizinhos.
O decreto da prefeitura determina:
. Uso recomendado de máscaras em locais fechados e para pessoas com sintomas de COVID
. Uso obrigatório de máscaras nas unidades de saúde
. Ventilação adequada e disponibilidade de álcool 70% em todos estabelecimentos
. Monitoramento contínuo dos casos pela Secretaria Municipal de Saúde
. Funcionamento das unidades sentinela e pontos de testagem
. Campanhas de orientação e atualização do boletim epidemiológico
. Recomendação de manter a vacinação em dia