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Amigas de Natal “conhecidas” pela Internet podem ter influenciado fuga de estudante

O Blog se soma aos outros meios de comunicação nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, na procura pela estudante Ana Cláudia Carvalho Victor, de 14 anos, que está desaparecida desde a última segunda-feira, 24, após ser deixada no Colégio Militar, em Fortaleza (CE) onde cursa a 8º série, por volta das 6h15.jovem 1 Isolamento no mundo virtual pode ter influciando Ana Cláudia a fugir de casa

Ana Cláudia Carvalho Victor é descrita como uma garota de poucas palavras, mas educada. Introvertida, mas alegre, meiga e aplicada nos estudos. Na última segunda-feira desapareceu de forma misteriosa. Saiu rumo ao colégio. Disse à mãe que, após a aula, iria à casa de uma amiga fazer um trabalho. E sumiu.

A Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) de Fortaleza trabalha com a tese de que a jovem fugiu insuflada por amigas de Natal (RN) “conhecidas” num site de relacionamentos.

Ultimamente, Ana Cláudia desprendia tempo demais no computador. “Ela tinha muita gente no Facebook dela. Adicionava muita gente. Mas excluiu o perfil. Me parece que, uma semana atrás, ela comentou com uns amigos que queria fugir e voltar só com 18 anos”, diz a madrasta Caroline Magno Freire, 33.

Na capital potiguar, a Dececa ajuda nas buscas. No Ceará, rumores de que a jovem teria voltado e estaria circulando de táxi na capital cearense fizeram a titular da Dececa, delegada Ivana Timbó, acionar as centrais de táxi e pedir apoio.

Um Boletim de Ocorrência (B.O.) já foi registrado pela família, que recebeu notícias da garota na manhã da última quarta-feira, 26. A própria estudante teria escrito na Internet estar bem e justificado o sumiço “para dar um tempo”. Assegurou retorno. Mas não tratou de datas.

A mensagem aliviou a ansiedade, mas mãe, pai, irmãos, avós e madrasta só descansam quando a virem bem. “O Batista (pai) está sem cabeça pra nada. E eu estou angustiada como se fosse minha filha, porque a gente não sabe para onde ela foi, o que está fazendo, onde está dormindo, se está se alimentando…”, lista Caroline.

Amigos estão preocupados e fazem campanhas virtuais para encontrarem Ana. “É uma coisa surpreendente. Se você colocasse 100 alunos na minha frente e dissesse que um deles fugiria, a primeira que eu excluiria seria a Ana”, diz o ex-professor da garota, Glauber Rocha.

Segundo Ivana Timbó, esse tipo de desaparecimento é recorrente. “As meninas de hoje se emancipam muito cedo. No caso da Ana Cláudia, ela deve ter se isolado no mundo virtual e a família deve ter perdido um pouco o acompanhamento. Aí, acabou influenciada. Mas ela vai aparecer. Todas voltam”, conclui a delegada. (Com informações de Bruno de Castro, do Jornal O Povo, Fortaleza).

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