Com o aumento da procura pelo álcool gel, uma das medidas de higienização mediante a pandemia da Covid-19, a população tem buscado alternativas perigosas para tentar se proteger. No entanto, especialistas alertam que tentar fabricar o produto em casa pode trazer prejuízos à saúde uma vez que não há garantias de que o resultado tem a concentração correta.
Para proteger a comunidade acadêmica, alunos e professores dos Cursos de Farmácia e de Engenharia de Petróleo e Gás da UnP, integrante da rede Laureate, se uniram nesta semana para produzir álcool gel em seus laboratórios. Antes da suspensão das aulas em virtude do decreto governamental, os dois grupos conseguiram juntos produzir 30 litros que foram destinados ao uso de colaboradores e estudantes nas Unidades Roberto Freire e Salgado Filho.
“O álcool produzido desta forma está dentro das normas sanitárias e na concentração correta”, afirma a Preceptora de Farmácia, Maria Aparecida de Araújo Pereira. Ela explica que há várias concentrações de álcool no mercado, mas a indicada para assepsia é o que possui a marcação de 70 INPM e 77° GL na embalagem. Abaixo disso, são consideradas concentrações para uso de limpeza geral.
Alerta
De acordo com ela, fazer misturas como gel de cabelo com álcool líquido é errado pois, nesse processo, há uma diluição de um produto em outro, reduzindo sua eficácia. Ela orienta também que, na falta do álcool gel, o líquido na mesma concentração pode ser utilizado, embora seja menos rentável já que não é viscoso. “O líquido também é mais inflamável, por isso, traz riscos principalmente para quem tem crianças em casa”.
Maria Aparecida ainda recomenda o álcool apenas como uma alternativa, quando não é possível a higiene pessoal com lavagem das mãos. Segundo ela, a lavagem correta com sabão é tão eficiente quanto passar álcool gel.