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Presidente Jair Bolsonaro cumpriu agenda em Minas Gerais (Foto: Marcelo Corrêa/PR)

Bolsonaro diz que barrou versão do Renda Brasil porque prejudicaria pobres

Presidente Jair Bolsonaro cumpriu agenda em Minas Gerais (Foto: Marcelo Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na quarta-feira, 26, que barrou uma versão do projeto de renda mínima, chamado de Renda Brasil, porque ela prejudicaria a população de baixa renda. Disse que não deixou a equipe econômica enviá-la ao Congresso porque tiraria recursos de pessoas pobres para dar a outras mais pobres ainda.

“A proposta que a equipe econômica apareceu para mim não será enviada ao Parlamento, não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos”, declarou em discurso no religamento do alto-forno 1 da Usina de Ipatinga, da Usiminas, em Minas Gerais.

Disse ainda que esse programa, que deveria ter sido apresentado na terça-feira, 25, está “suspenso”. Bolsonaro declarou não ter gostado da primeira proposta. O governo, afirmou, vai “voltar a conversar”.

O anúncio deveria incluir detalhes do Renda Brasil, que pretende absorver o Bolsa Família e outros programas já existentes. O valor médio do benefício deverá passar dos atuais R$ 190 para algo de R$ 250 a R$ 300.

O governo também formula um plano de recuperação econômica. A meta é viabilizar a execução de obras. Para isso, espera liberar R$ 5 bilhões para obras ainda neste ano. O governo pedirá o montante ao Congresso via projeto de lei. Para 2021, o governo apresentará uma PEC (proposta de emenda à Constituição).

Apesar do adiamento do anúncio do pacote do ministro da Economia Paulo Guedes, a apresentação do novo Minha Casa Minha Vida foi mantida. O programa habitacional marco das gestões petistas foi rebatizado de Casa Verde Amarela. O projeto é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.

Segundo o presidente, uma das ideias da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o Renda Brasil era de cortar o abono salarial de quem ganha até 2 salários mínimos para bancar o novo programa de renda básica do governo.

“Não podemos fazer isso daí com, por exemplo, a questão do abono para quem ganha até 2 salários mínimos. Seria um décimo quarto salário, não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar para o Bolsa Família ou Renda Brasil, seja lá o que for o nome desse novo programa”, completou.

Bolsonaro voltou a dizer que o auxílio emergencial para informais enfrentarem a pandemia de coronavírus será estendido até dezembro. Ele afirmou também que o custo para os cofres públicos é alto e que será preciso por um ponto final.

“É uma conta pesada, sabemos que os R$ 600 é pouco para muita gente que recebe, mas é muito para o país que se endivida e, lamentavelmente, como é emergencial, temos que ter um ponto final nisso.”

“Não podemos ad eternum bancar 65 milhões de pessoas com R$ 600, R$ 1.200 e algumas até com R$ 1.800 por mês. Nós resolvemos então estender até dezembro, o valor não será R$ 200, nem R$ 600, estamos discutindo com a equipe Econômica”, disse.

O presidente segue em sequência de viagens pelo Brasil e foi recebido mais uma vez por apoiadores.

“O que aconteceu agora há pouco na entrada, graças a Deus, tem acontecido em qualquer lugar que eu vá do Brasil, seja Nordeste ou Norte ou Sul”, afirmou.

A equipe do presidente fez uma transmissão ao vivo no Facebook para mostrar as pessoas que o esperavam na cidade mineira.

É a 19ª viagem de Bolsonaro pelo país em 2020. Na semana passada, visitou Ipanguaçu e Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

Desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus, o presidente visitou os Estados do Ceará, Santa Catarina, Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Sergipe. (Com informações Poder 360).

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