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Empresário Pedro do Atum é um inovador nabusca por melhorias para o setor da pesca

Depois de pensar em transferir seus negócios para o Ceará, Pedro do Atum retoma investimentos em Areia Branca e inaugura cais

Empresário Pedro do Atum é um inovador na busca por melhorias para o setor da pesca

Por Luciano Oliveira

Em tempos de pandemia do novo coronavírus muitos segmentos empresariais tiveram que se reinventar para sobreviver. No setor pesqueiro potiguar não foi diferente. Especificamente em Areia Branca, onde a pesca é o meio de sobrevivência de milhares de pessoas, quem lida com a atividade faz malabarismo para driblar a crise e se manter na ativa.

Diante de um cenário de poucas expectativas e acossado pela crise decorrente da pandemia, o empresário Pedro Gilson Dias de Araújo, o Pedro do Atum, até pensou bater em retirada, transferindo seus negócios de Areia Branca para o Ceará. O que o segurou foi a quarentena. Daí, repensou o caso juntamente com sua família e decidiu dar continuidade aos seus projetos no município. Ainda bem.

Visionário, Pedro do Atum escolheu Areia Branca para se estabelecer comercialmente por acreditar no potencial da cidade e vislumbrar a possibilidade de expandir seus negócios com foco na geração de emprego e renda para o município.

Primeira despesca no novo cais, nesta sexta

Nesta sexta-feira, 3, Pedro do Atum fez a primeira despesca de atum no cais que acaba de construir com ajuda dos amigos. “A construção do cais foi um trabalho de mutirão, com ajuda dos amigos. Tudo feito na legalidade. É bom para nós, é bom para Areia Branca, pois valorizamos uma área antes ocupada por carcaça de embarcações, um amontoado de ferro velho. Sem contar que com o cais em atividade estamos gerando ocupação, gerando renda e fortalecendo a cadeia produtiva local. Todos ganham”, destaca.

Dono de uma frota de embarcações (algumas em Areia Branca e a maior parte no Ceará), Pedro do Atum afirma que manter toda essa estrutura em meio a uma crise como a atual gerada pela pandemia, é preciso coragem e determinação. Para não paralisar as atividades durante este período ele teve que fazer adequações no quando funcional da empresa. Mas mesmo assim, mantém as equipes dos barcos (tripulação), o pessoal que pesca e ainda tem os diaristas (que varia de quantidade) para fazer a despesca.

O empresário diz que o cais recém-construído o deixa mais tranquilo, pois antes para descarregar seu pescado tinha que pagar aluguel a outra empresa para ancorar os barcos. Mas o grande sonho de Pedro do Atum, que se transformou em sua bandeira de luta, é a construção de um cais público com capacidade para atender a demanda local.

Segundo ele, existe uma média de 30 barcos pescando atum nesta área, sendo que a maioria é do município, com uma produção anual entre 250 a 300 toneladas do pescado.

Pedro do Atum comercializa sua produção por meio da sua empresa, Pescados Araújo, para grandes centros urbanos. Com a retomada gradual das atividades econômicas, ele mira voltar a abastecer outras praças, como o mercado paulista, já que em São Paulo o atum é muito apreciado em forma de sushi.

Para o empresário, falta a classe política local se engajar em defesa do setor. “Nós estamos fazendo nossa parte. Corremos atrás das licenças das embarcações, estamos sempre em contato com as autoridades da pesca em Brasília buscando informações, defendendo benefícios para o setor. Mas sozinho a coisa fica mais difícil. É preciso a união de todos em defesa do que é bom para a cidade. Essa nossa luta pelo cais público de Areia Branca vai continuar, pois é algo muito positivo para a pesca e para a população em geral, levando em consideração seus benefícios”, reforça Pedro do Atum, que também é presidente da Associação dos Proprietários de Barcos de Pesca do Rio Grande do Norte (Aspern).

Fotos: Luciano Oliveira

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