O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou, na terça-feira, 10, a criação do partido Unidade Popular (UP). A formalização acontece menos de uma semana depois que o Aliança pelo Brasil, sigla em formação do presidente Jair Bolsonaro, fez o registro de pessoa jurídica, passo necessário para começar a coleta de assinaturas.
A legenda será a 33ª com registro na Justiça Eleitoral. O País chegou a reunir 35 partidos após o Partido da Mulher Brasileira (PMB) ter obtido registro setembro de 2015. O número diminuiu após fusões que ocorreram no final do ano passado para que determinadas siglas pudessem manter o número de deputados federais necessários para usufruir do fundo partidário.
“Foram dois anos extremamente intensos de campanha e de mobilização, quando alguns diziam que não se podia montar um partido sem dinheiro de grandes empresas ou de apadrinhamento de grandes políticos” disse Leonardo Péricles, presidente nacional da Unidade Popular, em transmissão no Facebook de comemoração logo após a confirmação da Justiça Eleitoral.
O partido se diz de “esquerda revolucionária e popular”, esboça críticas a governos do PT.
Segundo os dirigentes, o pedido de análise das assinaturas físicas foi protocolado em julho deste ano. O TSE confirmou que o partido conseguiu 497,6 mil assinaturas de eleitores não filiados a outros partidos, distribuídos por 15 estados, em apoio à sua criação. O mínimo, calculado a partir de cada eleição nacional atual é de 491,9 mil assinaturas, em nove estados.
A sigla terá o número 80 nas urnas eletrônicas e poderá participar das eleições municipais de 2020.