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Juliana Garcia dos Santos Soares compartilhou nesta sexta-feira, 8, a primeira foto após o procedimento (Foto: Reprodução/Instagram)

Mulher agredida com 61 socos em elevador mostra como está seu rosto 7 dias após cirurgia

Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, mostrou nesta sexta-feira, 8, como está seu rosto uma semana após a cirurgia de reconstrução a qual foi submetida. Com informações da Marie Claire — de São Paulo.

No dia 27 de julho, ela foi brutalmente espancada pelo ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, 29 anos, com 61 socos no elevador do prédio onde mora, na Zona Sul de Natal.

O crime é capitulado como tentativa de feminicídio e Igor está preso preventivamente. Juliana teve o rosto desfigurado, mas sobreviveu, e passou pela primeira cirurgia de reconstrução da face no dia 1º de agosto.

Na foto compartilhada em seu perfil, ela exibe hematomas, os olhos ainda muito vermelhos e cicatrizes causadas pelo procedimento cirúrgico. Há três dias, ela contou que precisou passar por um procedimento de laserterapia. “Para reduzir o edema e modular a inflamação”, contou ela.

Relembre o caso

Em 27 de julho, Juliana recebeu 61 socos no rosto, desferidos por Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete da seleção brasileira 3×3. A agressão brutal aconteceu no elevador do prédio onde ela mora, em um condomínio na Zona Sul de Natal, e foi registrada pela câmera de segurança. A gravação viralizou nas redes sociais.

Juliana Soares mostra rosto (Foto: Reprodução/Instagram)

Igor foi preso em flagrante. Ao ver as imagens, o porteiro pediu a ajuda de moradores e conteve o agressor. Ele também acionou a Polícia Militar, que não demorou a chegar. Igor passou por uma audiência de custódia e segue preso após a juíza converter a detenção em prisão preventiva. A magistrada afirmou que “não teve estômago” para assistir ao vídeo. Igor deve responder pelo crime de tentativa de feminicídio.

Marie Claire também ouviu Jaqueline Garcia, tia de Juliana. “Estamos felizes porque a Ju está viva. Tenho fé em Deus que ela vai sair dessa muito mais forte do que já é — mesmo com as cicatrizes, não somente físicas, mas no coração. A cicatriz da alma vai ficar pra sempre, infelizmente”, afirmou. Ela também disse que a sobrinha nunca havia falado com ela ou dado indícios de que estaria vivendo uma relação violenta com Igor.

Desde 2015, o crime feminicídio está tipificado no Artigo 121-A do Código Penal. A pena que varia de 20 a 40 anos de prisão. Em casos de tentativas de feminicídio, a pena pode diminuir de um a dois terços da pena, dependendo da proximidade do agressor do assassinato.

Desde 2015, o crime feminicídio está tipificado no Artigo 121-A do Código Penal. A pena varia de 20 a 40 anos de prisão. Em casos de tentativas de feminicídio, a pena pode diminuir de um a dois terços da pena, dependendo da proximidade do agressor do assassinato.

Para Marie Claire, a delegada que investiga o caso, Victoria Lisboa, titular de uma das Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAM) na grande Natal, afirma que é cedo para fazer previsões. Mas analisou que Igor poderia conseguir uma redução de pena menor pela gravidade do ataque, mas também porque ele seria réu primário.

Juliana passou por laserterapia (Foto: Reprodução/Instagram)
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