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Ex-senador José Agripino em reunião com o prefeito Paulinho Freire e o deputado João Maia (Foto: Reprodução)

União da oposição no RN pode levar à vitória no 1º turno, diz José Agripino

O ex-senador José Agripino Maia, presidente do União Brasil no Rio Grande do Norte, afirmou que a união da oposição é a única forma de derrotar o grupo governista nas eleições de 2026. Ele declarou que, caso a centro-direita consiga formar uma candidatura única, a vitória pode vir já no primeiro turno. A notícia é do Agora RN.

“É mais fácil ganhar a eleição, e logo no primeiro turno, se a oposição estiver unida. Eu proponho há muito tempo”, afirmou Agripino, em entrevista à rádio CBN Natal na sexta-feira, 20.

Agripino afirmou que essa tem sido sua bandeira há mais de um ano e destacou que a possibilidade de vitória está diretamente ligada à capacidade de unir forças. “Se a oposição quiser ganhar a eleição, o meu aceno é que se una. Se unir, ganha a eleição”, declarou.

Segundo ele, a definição do nome que irá liderar a chapa deve partir de pesquisas confiáveis. “Se você quiser ganhar, tem que ganhar em torno do candidato que tem mais condição de ganhar. Quem é que vai dizer isso? É pesquisa de opinião pública. É sondagem, tendência”, enfatizou.

Na avaliação do ex-senador, a oposição possui muitos quadros qualificados para a disputa do Governo do Estado. Ele cita que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), o senador Rogério Marinho (PL) e o senador Styvenson Valentim (PSDB) dariam “bons governadores”. Para ele, o critério técnico é o mais justo e eficiente. “Se você faz uma pesquisa na hora em que os pretensos candidatos combinarem […] e fizer a pesquisa com o compromisso de se respeitar o resultado, você tem a vitória por antecipação grandemente assegurada”.

José Agripino também fez elogios ao prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), a quem chamou de “gestor competente” e “líder político eficiente”. “Paulinho, além de ser habilidoso, é uma peça fundamental na composição da aliança e na eleição pelos votos que ele pode captar em Natal, na Grande Natal, e no interior, ele tem a presença dele como ex-deputado federal”.

Em tom crítico, ele lamentou o que considera o retrocesso do Rio Grande do Norte diante de estados vizinhos. “O meu objetivo não é só ganhar a eleição, é tirar o Estado do estado de letargia em que o Rio Grande do Norte se encontra. A Paraíba já foi embora, o Ceará já foi embora há muito tempo, Alagoas, o Piauí… e a gente ficando para trás cada vez mais, quando nós temos toda a chance de retomar o crescimento.” Em outro momento, afirmou com indignação: “O Estado é isso hoje. É uma vergonha, rapaz. Pelo amor de Deus”.

Agripino ainda criticou o que chamou de obras maquiadas. Segundo ele, muitas das estradas que o atual governo diz estar recuperando foram construídas durante sua gestão. “As estradas que eles estão recapeando, no mínimo 80% foram feitas por mim. Feitas integralmente feitas por mim. Estão recapeando agora como a maior obra de governo”, registra.

Críticas ao governo Lula

Durante a entrevista, José Agripino também se posicionou contra a permanência do União Brasil no governo federal, apesar de alguns nomes do partido ocuparem ministérios na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O União Brasil nunca fez parte da base parlamentar congressual do governo”, disse. Para ele, o partido deve romper completamente com o Palácio do Planalto. “O que eu acho, e advogo, é que o partido deva sair totalmente de dentro do governo”.

Ele também atacou a condução da economia pela atual gestão. “Não tem alternativa que não seja aumentar imposto para sobreviver. Não tem criatividade, nem tem capacidade política e congressual de montar estratégias que não sejam pelo arrocho fiscal.” Ao comentar a recente posição contrária de seu partido e do Progressistas ao aumento do IOF, Agripino classificou como um “passo importante no rumo daquilo que eu prego: o afastamento completo”.

Segundo ele, o que está em jogo é mais do que uma eleição. É o futuro do Rio Grande do Norte. “A gente já fez barba, cabelo e bigode. Basta que se tenha juízo, sensatez e forças confluentes”.

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