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A embarcação "Harmonia" transportava carga utilizada na recuperação da pista do aeroporto de Fernando de Noronha

Atuação integrada busca mitigar impactos ambientais de naufrágio no litoral do RN

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) informa que, diante do naufrágio da embarcação “Harmonia” e do encalhe de um contêiner nas proximidades das praias de Graçandu e Barra do Rio, litoral Norte do Rio Grande do Norte, diversas instituições se mobilizaram de forma articulada para monitorar e mitigar possíveis impactos ambientais decorrentes do incidente.

A embarcação, que partiu do Recife no último sábado, 14, com destino a Fernando de Noronha, transportava carga utilizada na recuperação da pista do aeroporto da ilha. Após o naufrágio, relatos de contêineres e manchas de óleo na faixa costeira da praia de Graçandu, em Extremoz, acionaram a pronta resposta de órgãos ambientais e de defesa civil.

Equipes do Projeto Cetáceos Costa Branca da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-Uern) e do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (Cemam) foram mobilizadas para acompanhar a situação e permanecem de prontidão, especialmente quanto à possibilidade de contaminação da fauna marinha por óleo ou outros resíduos da embarcação. O Idema iniciou articulação imediata com seus setores internos e já está em campo para vistoria técnica na área afetada.

Sede do Idema-RN

O diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, destacou que o órgão já provocou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que enviou equipe de plantão ao local. A Marinha do Brasil, por meio do 3º Distrito Naval, também atua na investigação das causas do naufrágio e na análise do conteúdo transportado, uma vez que não constava, no manifesto da embarcação, informações sobre carga de óleo ou derivados.

“Destacamos que por se tratar de uma ocorrência marítima a atribuição primária é do Governo Federal, por intermédio do Ibama, cabendo ao Governo do Estado, através do Idema e Defesa Civil, a colaboração e cooperação para evitar a contaminação do óleo nas praias e oceano”, informa o dirigente do Idema.

O Ministério Público Federal (MPF) informou, por meio do procurador Victor Mariz, que instaurou procedimento para acompanhar o caso. Uma reunião realizada na noite da quarta-feira, 18, na Capitania dos Portos do RN (CPRN), contou com a presença dos proprietários da embarcação, técnicos do Ibama e representantes da CPRN. Na ocasião, foram repassadas as medidas que os responsáveis pela embarcação devem adotar, tanto no campo ambiental quanto nas questões relacionadas à segurança da navegação.

“Neste momento, o foco é somar esforços. O Idema, em parceria com os demais órgãos envolvidos, como a Prefeitura de Extremoz e Defesa Civil Estadual, trabalha para assegurar a proteção do meio ambiente e prestar as respostas necessárias à sociedade potiguar”, acrescenta a nota.

A situação segue em monitoramento e novas atualizações serão divulgadas à medida que os trabalhos avançarem.

Fotos: Assessoria de Comunicação – Idema-RN

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