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Paulo César de Brito sempre foi referência quando se fala em memória afetiva e identidade cultural da cidade

Reconhecimento: Paulo César de Brito recebe título de Mestre Cultural de Areia Branca

Por Carlos Júnior, jornalista

O escritor, cronista e ativista cultural, Paulo César de Brito, recebeu oficialmente o título de Mestre Cultural de Areia Branca (RN) — honraria concedida pela Secretaria de Cultura do município, por meio do Edital de Chamamento Público para seleção de projetos de fomento à execução de ações culturais, cujo resultado foi divulgado no Diário Oficial do Município no dia 21 de novembro de 2024 através da Política Nacional Aldir Blanc.

O reconhecimento vai além do simbolismo: representa a consagração de uma trajetória marcada pelo multiculturalismo, pela valorização das tradições populares e pela atuação expressiva do mestre cultural em diversas vertentes da cultura areia-branquense.

Um nome que representa a cultura viva de Areia Branca

Paulo César de Brito sempre foi referência quando se fala em memória afetiva e identidade cultural da cidade. Autor de livros como “Areias Brancas ao Vento… Recordações de um Tempo!” e “Minha Areia Branca”, ele eternizou personagens, cenários e costumes locais em suas crônicas emocionantes e carregadas de pertencimento. Essas obras não apenas resgatam a história, mas também reacendem o orgulho de ser areia-branquense em cada leitor.

Lançado com apoio da Lei Aldir Blanc, o primeiro livro reuniu mais de 100 crônicas que narram o cotidiano da cidade, incluindo episódios sobre o forró de Izabel Viriço, a religiosidade do povo e os tempos dourados das bandas marciais. Em sua segunda obra, o livro “Minha Areia Branca” teve tamanho sucesso que suas edições foram vendidas rapidamente, sendo necessárias outras duas tiragens extra, alcançando inclusive areia-branquenses que hoje vivem fora do município.

Muito além da escrita: uma presença marcante na cena cultural

Sua atuação, no entanto, vai além das páginas dos livros. Paulo César já atuou como mestre de cerimônias, colunista, músico percussionista, carnavalesco, marcador de quadrilha junina e grande entusiasta da cultura popular. Participou ativamente de projetos grandiosos na área teatral, foi líder de grupo de escoteiro e iniciativas que envolvem crianças, adolescentes e adultos em espetáculos de cunho educativo e cultural, reforçando valores e tradições locais.

Enquanto carnavalesco e fundador do Bloco Rei da Bicharada (BRB), defende os ursos e bicharadas como características marcantes da tradição areia-branquense. “A bicharada, embora seja oriunda de outras tradições, aqui chegou e criou raízes, sendo cultivada e enaltecida com enredos próprios e formas peculiares de brincar o carnaval cultural que só o areia-branquense conhece”, frisa Brito.

Um reconhecimento à altura de sua contribuição

Ao ser oficialmente reconhecido como Mestre Cultural, Paulo César de Brito passa a integrar o seleto grupo de agentes culturais que, por meio de suas ações, mantêm viva a essência de Areia Branca. Esse título chancela décadas de dedicação, paixão e luta pela cultura local — agora com o merecido respaldo institucional.

“Sinto-me honrado com esse reconhecimento e a partir dele espero contribuir ainda mais com a nossa cidade através de suas mais variadas formas de expressões culturais”, comenta.

É o justo reconhecimento a quem, com palavras, gestos e ações, constrói pontes entre passado, presente e futuro de uma terra rica em histórias, sons, cores e tradições.

Respeito ao passado e pensamento no futuro

Consciente da importância e da necessidade de valorização do passado como forma de construir um futuro melhor, Paulo Brito anuncia que continua presente na luta pela preservação e valorização da memória areia-branquense.

Com o amigo e incentivador, jornalista Carlos Júnior (E)

Brito ocupa o cargo de conselheiro municipal de cultura, tendo sido eleito na Conferência de Cultura de 2023 e reconduzido ao cargo na nova composição delegada em 2025. No órgão deliberativo, tem buscado discutir temas diversos, incentivando principalmente outros autores a publicarem seus livros.

“Desde os recortes de jornais que fazia sobre a história de Areia Branca, segundo a imprensa, penso em meios para eternizar essas memórias. Por isso comecei a escrever — inicialmente na internet e, depois, em livros. Também incentivo outros agentes a fazerem o mesmo, para que as políticas públicas alcancem esses fazedores de cultura”, explicou.

Fotos: Cedidas

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