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O vereador Waguinho Tavernard foi mais votado que quatro candidatos eleitos este ano, mas não se reelegeu (Foto: Arquivo/CMAB)

Por que nem todos os candidatos mais votados são eleitos vereadores?

Os vereadores que não foram reeleitos e aqueles que não concorreram na última eleição, terão até o dia 31 de dezembro para deixarem seus gabinetes na Câmara Municipal de Areia Branca. Os novos parlamentares tomam posse no dia 1º de janeiro de 2025, data em que também ocorrerá a eleição da Mesa Diretora.

Dos 11 atuais vereadores, seis não farão parte da próxima legislatura. Três deles não foram reeleitos – Kinho de Beguinho (PSDB), Waguinho Tavernard (PSDB) e Chiquinho da Redonda (PSDB). E os outros três – Fátima Luz (PSDB), Celso Uchôa (PL) e Rebeca Melo (União Brasil) – não concorreram à renovação do mandato.

Vale salientar que o vereador Kinho de Beguinho foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo Dr. Bruno Filho (PSDB), que não obteve êxito na disputa para a Prefeitura de Areia Branca. Com isso, seu mandato de vereador termina junto com o ano em curso, ou seja, no dia 31 de dezembro.

Entre os não reeleitos pelo sistema governista, chamou a atenção na cidade a boa votação obtida pelo vereador Waguinho Tavernard, que buscava seu terceiro mandato consecutivo. A sequência de vitórias foi interrompida em 6 de outubro passado, apesar de ele ter conquistado 745 votos.

Com essa expressiva votação, Waguinho ficou à frente do reeleito Dacio Filho (União Brasil) – 646 votos, e dos eleitos para o primeiro mandato Eilson Tavares (União) – 576 votos, André de Dede (PC do B) – 445 votos e Valdinho do Pipa (PV) – 423 votos.

O vereador Chiquinho da Redonda, com 651 votos, também ficou na suplência, mesmo tendo sido mais votado que os quatro citados acima.

Por que vereadores mais votados nem sempre são eleitos?

No Brasil, os candidatos mais votados para cargos de vereador nas eleições municipais e deputado nas legislativas nem sempre são eleitos. Além disso, seu voto pode não ir diretamente para o candidato que você escolheu.

Mas por que isso ocorre?

A explicação está no sistema proporcional de votação, utilizado no Brasil nas eleições para Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e na Câmara dos Deputados.

Diferentemente das eleições para prefeituras, governos estaduais, Senado e Presidência da República, onde se aplica o sistema majoritário — em que o candidato com mais votos é eleito —, no sistema proporcional, a distribuição de cadeiras considera o total de votos recebidos pelo partido ou coligação, e não apenas os votos individuais de cada candidato.

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