Do solo potiguar sai 95% de todo o sal produzido no país
Em audiência nesta quinta-feira, 7, com o vice-presidente do Sindicato da Industria de Extração de Sal (Siesal), Airton Torres, e do diretor Herbert Vieira, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) reafirmou compromisso com a indústria salineira, responsável por mais de 95% da produção nacional. Durante a reunião, os produtores entregaram uma agenda de interesse do setor.
O Siesal aponta cinco prioridades, a começar pela construção de um canal paralelo ao Rio Mossoró para desviar a água doce, que, no período seco do ano – que vai de julho a janeiro – chega à localidade de Passagem de Pedras. “Com esse canal, de Passagem de Pedras até a foz, o trecho do rio voltará à antiga condição de hiper salino, possibilitando a região manter-se como grande produtora de sal marinho por evaporação solar”, argumenta a entidade, que sugere uma lei estadual que reconheça e preserve essa condição.
O parque salineiro também quer que seja criada uma linha regular de navegação de cabotagem, no Porto de Natal, para escoar a produção de sal refinado em containers, dentre outros produtos, para os demais portos brasileiros. “Esse é um assunto que já levamos ao ministro dos Portos, Leônidas Cristino”, adiantou a governadora, se comprometendo a apoiar a luta pela prorrogação da isenção do adicional de frete para renovação da Marinha Mercante (AFRMM). A isenção para o sal do RN expira em janeiro do próximo ano. Esse, aliás, será o principal ponto de pauta de uma audiência que os produtores terão com o Ministro dos Portos, acompanhados da governadora Rosalba Ciarlini e da bancada federal, dia 20, em Brasília.
Outro pleito é para coibir a prática de dumpling do sal chileno contra o sal do RN. O produtor chileno, que também é proprietário de empresa de navegação, pratica fretes baixos em boa parte de suas vendas para o Brasil. Consegue, deste modo, chegar com seu produto com preços baixos, prejudicando a indústria nacional que é quase toda localizada no Estado, segundo os produtores.
