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Wladimir Garotinho é eleito prefeito de Campos dos Goytacazes Foto: Agência O Globo

Nove cidades do Rio podem ter novas eleições para prefeito por causa de pendências judiciais

Wladimir Garotinho, eleito prefeito, concorreu sub judice (Foto: Agência O Globo)

Apesar de todas as urnas apuradas e os resultados divulgados, em nove cidades do Rio de Janeiro a eleição para prefeito ainda não terminou. Os candidatos foram eleitos sub judice — quando há pendência na Justiça eleitoral — e, caso não haja uma decisão favorável, os eleitores deverão voltar às urnas para novas eleições. É o caso de Rubens Bomtempo (PSB), em Petrópolis, e Wladimir Garotinho (PSD), filho dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, em Campos dos Goytacazes. Eles aguardam uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se assumirão, ou não, os cargos de prefeito.

Em Campos, Wladimir teve 52,4% dos votos válidos no segundo turno, derrotando Caio Vianna (PDT). Em Petrópolis, Bomtempo alcançou 55,18%, à frente de Bernardo Rossi (PL). Na segunda-feira, 30, outro candidato teve o registro negado pela Justiça. José Bonifácio (PDT), o mais votado para a Prefeitura de Cabo Frio, na Região dos Lagos, foi considerado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) por ter as contas relativas à gestão do Fundo Municipal de Saúde de Arraial do Cabo no exercício de 2003 rejeitadas. Ele também recorreu ao TSE e aguarda julgamento.

Outros candidatos mais votados no primeiro turno que ainda não podem se considerar eleitos são Christiane Cordeiro (Carapebus), Renato Cozzolino (Magé) e Dr. Silvestre (Varre-Sai), todos do PP; Dayse Onofre, do PL (Paraíba do Sul); Jaime Figueiredo, do PROS (Silva Jardim); e Neto, do DEM (Volta Redonda).

Presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, acenou, logo após o segundo turno no domingo, com a possibilidade de haver eleições suplementares em 2021 para definir os prefeitos de cidades onde candidatos concorreram sub judice. Ele afirmou que os recursos que já chegaram ao TSE serão julgados ainda neste ano. A data final para diplomação dos eleitos é 18 de dezembro.

O advogado Fernando Neisser, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político , explica que os candidatos que estiverem com o registro indeferido até o dia 18 ficam impedidos de tomar posse no dia 1º de janeiro, a não ser por força de liminar. Os presidentes das câmaras municipais assumem interinamente. (Com informações O Globo).

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