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Professor Ferreira "descreve" como seria a passagem da tocha pela salinésia (Foto: Reprodução/Facebook)

Professor Ferreira imagina como seria a passagem da Tocha Olímpica por Areia Branca

Professor Ferreira "descreve" como seria a passagem da tocha pela salinésia (Foto: Reprodução/Facebook)
Professor Ferreira “descreve” como seria a passagem da tocha pela salinésia (Foto: Reprodução/Facebook)

A passagem da Tocha Olímpica constitui um fato marcante para qualquer cidade. É um momento único, pois não se repete facilmente. E imagine ela, a tocha, passando por Areia Branca e sendo recebida por cidadãos dos mais diversos segmentos, tendo no seu percurso ( revezamento) a participação de ilustres figuras, de Coronel Fausto a “Macaco” mergulhador…

Homem do Evangelho, revolucionário da radiofonia areia-branquense (na época da saudosa Rádio Gazeta) e acima de tudo, poeta, José Francisco Ferreira, ou professor Ferreira, construiu o cenário do que seria a passagem do símbolo dos jogos olímpicos pela salinésia. Não, atualmente, mas numa Areia Branca do passado, berço de homens e mulheres que deixaram seus nomes cravados nos anais da história do município, pela atuação na política, na medicina, na educação, na religião, no esporte, na labuta cotidiana…

Às vésperas da passagem da Tocha Olímpica pela vizinha cidade de Mossoró, o tema é dos mais oportunos. O texto é perfeito. E por meio do seu conteúdo, o Professor Ferreira nos leva a um passeio pela Areia Branca do passado. Uma viagem ao imaginário, onde saudosismo e realidade se misturam.

O Site reproduz o texto na íntegra. Leia.

Sede da Prefeitura de Areia Branca e parte da Praça da Conceição nos anos 60 (Foto: Reprodução)
Sede da Prefeitura de Areia Branca e parte da Praça da Conceição nos anos 60 (Foto: Reprodução)

De repente me imagino vivendo numa Areia Branca, onde muitos dos seus personagens do passado, ainda estivessem conosco, e tivéssemos que receber a Tocha Olímpica. Acho que seria mais ou menos assim. O comunicado chegou a prefeitura, e logo foi entregue ao Coronel Fausto, prefeito da cidade, que tratou de criar uma comissão de notáveis para organizar no município o grande evento. O prefeito seria o presidente e fariam parte dessa comissão, seu Chico de Janjão, dona Geralda Cruz, “seu”Zé Brasil, Walkírio Edmundo e Toinho de Pixico.Aapós duas reuniões, eles decidiram que; o trajeto do fogo olímpico aqui em Areia Branca, se daria a partir de Pedrinhas, passando pela praia deUupanema e cruzando toda cidade pela Jorge Caminha, rua dos Calafates, Coronel Liberalino, com uma parada em frente a prefeitura, parada para uma saudação pelo Dr. Willon depois, pela Barão do Rio Branco, até a rampa, sendo que, antes de embarcar para Grossos, receberia uma bênção do Cônego Ismar. A comissão determinou também que fosse montado no Hospital Sara Kubitschek, uma emergência médica que deveria ficar sob a responsabilidade do Dr.Chico e do enfermeiro Zé Carvalho. Quanto a segurança do evento ficaria a cargo do delegado Peixoto que poderia colocar todo o seu efetivo (quatro soldados e uma viatura) à disposição. A Banda Marcial do professor Severino, deveria ficar tocando em Pedrinhas até o fogo chegar, Bêlê trataria de fazer uma réplica da tocha em tamanho gigante para colocar no trevo de Upanema e Dendél seria responsável pela divulgação externa com carros de som e Dimas faria a parte técnica do rádio com Oliveira Rocha na locução oficial. Professor Cizinho, traria os escoteiros para ajudar na organização do povo durante o trajeto e o professor Monte Junior ensaiaria uma ala jovem com moças e rapazes vestindo roupas esportivas coloridas de verde e amarelo, com pom pom’s nas mãos, fazendo coreografias. Alguns desportistas da cidade, foram escolhidos para conduzir o fogo olímpico, dentre eles, Carino, Toinho de Leonidas, Zé de Josué, Jonas, Marieta e outros. No embarque e saída para Grossos, “Macaco” mergulhador com alguns meninos banhistas do cais, deveriam fazer evoluções dentro do rio saudando a passagem do fogo olímpico em Areia Branca de todos os tempos, com essa equipe, garanto que não faríamos feio. Pois então que venha o fogo olímpico. (José Francisco Ferreira).

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