Quem acompanhou o desempenho do então candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT), no primeiro turno das eleições deste ano, jurava que ele era um antipetista ferrenho. Não era. Seu discurso raivoso contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e as críticas ao candidato Fernando Haddad, eram de mentirinha. Só farsa.
Em sabatina realizada pelo portal G1 e pela rádio CBN, no primeiro turno, Ciro fez duras críticas ao PT. Ao ser questionado se apoiaria Fernando Haddad (PT) num eventual segundo turno respondeu que “nem a pau, Juvenal”.
O comentário de Ciro veio após uma pergunta do jornalista Gerson Camarotti: “O Haddad esteve aqui na entrevista e lembrou que vocês são próximos. Eu cheguei a questioná-lo sobre sua colocação de que o Brasil não aguenta outra Dilma Rousseff e ele disse que o Ciro, tenho certeza, vai me apoiar, porque a gente pensa no mesmo campo. O senhor pensa isso?”
A isso, Ciro respondeu: “Nem a pau, Juvenal”.
Na ocasião Ciro afirmou ser diferente do candidato petista por sua história de vida e sua política de êxito.
O candidato do PDT manteve o discurso de críticas ao PT. Pediu para não ser comparado com a ex-presidente Dilma Rousseff, porque isso o ofende, e voltou a afirmar que “o Brasil não suporta mais um presidente fraco que tenha de consultar o seu mentor. Foi assim com a Dilma, uma pessoa honrada, mas sem experiência e maturidade política, eleita na popularidade do Lula e que, na hora da crise, nomeou Lula ministro. Se apertar, o Haddad vai fazer o quê? Ir para Curitiba?”.
Fora da disputa presidencial, o discurso antipetista de Ciro deu lugar a acenos que aproximam o PDT e o próprio (Ciro) do palanque de Haddad, que para Ciro é tão fraco que em 2016 na disputa pela reeleição à Prefeitura de São Paulo, não só perdeu para João Doria (PSDB), mas perdeu para os votos nulos e brancos. (L.O).