
A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) engrossa o coro da frente municipalista que faz campanha junto ao Governo Federal no sentido de que o presidente Michel Temer (PMDB) antecipe para o próximo dia 20, os recursos da partilha das multas da repatriação. Caso o repasse seja feito no dia 30, como pretende o governo, geraria mais um complicador para os municípios, dificultando principalmente o pagamento dos servidores neste fim de ano.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e Femurn declaram que o presidente Temer fazendo o crédito das multas da repatriação somente dia 30, o Governo Federal comete um ato absurdo de desrespeito com os municípios, em especial com os servidores e fornecedores.
“Os municípios brasileiros pedem socorro e exigem respeito! Apelamos ao presidente da República Michel Temer que pague os recursos que pertencem às cidades, referentes à partilha das multas da repatriação. Servidores públicos, fornecedores e toda a população estão mobilizados nesta luta. Michel Temer: Pague a repatriação dos municípios no dia 20 de dezembro! Todos juntos nesta luta para fortalecer o municipalismo no Brasil!”, diz uma nota das entidades municipalistas que estão mobilizadas em defesa dos municípios.
No Rio Grande do Norte, a manifestação de entidades como a Femurn reforça a busca dos prefeitos por recursos para pagar salários e 13º salário no fim de ano e fechar as contas de 2016 em ordem.
A exemplo do que ocorre nos demais estados, os prefeitos potiguares não escondem que vão precisar de dinheiro para pagar os compromissos salariais de fim de ano. Uma das preocupações é com o 13º salário.
A pressão por dinheiro extraordinário é resultado da situação calamitosa pela qual passa os municípios. Levantamento da CNM realizada após as eleições com 3.155 das 5.685 prefeituras, apontou que 77% delas estão no vermelho, com salários atrasados, pagamentos a fornecedores suspensos, serviços reduzidos, contas bloqueadas por determinação da Justiça ou de Tribunais de Contas. Um rombo bilionário que só agrava a situação dos gestores na reta final do mandato.