
O município de João Câmara, localizado na região Agreste do Rio Grande do Norte, registrou ao menos 17 tremores de terra na madrugada desta segunda-feira, 12, entre 0h e 6h. Segundo dados do Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o maior abalo sísmico registrado nesta madrugada teve magnitude 2,1 na escala Richter.
Apesar do susto dos moradores, ninguém se feriu e nenhum imóvel desabou em consequência dos tremores de terra em João Câmara. Há relatos de telhas que saíram do lugar com a vibração das paredes, portas e janelas, mas nenhum dano grave, segundo a Defesa Civil Municipal.
Há 30 anos, em 30 de novembro de 1986, o município foi atingido por um terremoto de magnitude 5,1 na escala Richter e mais de 3.000 casas e imóveis foram destruídos. Assustados, moradores se mudaram da cidade, e os imóveis perderam valor.
Naquele período, a região vivia uma atividade sísmica intensa, com tremores medianos que só cessaram em 1993. Desde lá, a cidade registrou outros tremores com menos intensidade, mas sempre com intervalos mais longos.

A atividade sísmica em João Câmara é ocasionada devido a movimentos de placas tectônicas, pois o município está localizado em cima da falha geológica denominada de “Samabaia”. A falha também corta os municípios de Pureza, Poço Branco, Taipu e Parazinho.
Segundo o Labsis, a falha geológica mede 38 km de extensão, fica entre os Estados do Rio Grande do Norte e Ceará e é a maior do país. (Com informações do UOL).