O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato derrotado à Presidência da República pelo PT, entregou no sábado, 17, sua prestação de contas eleitorais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Era a data limite para que candidatos que disputaram o segundo turno entregassem os dados ao TSE.
Os gastos de campanha informados por Haddad à Corte eleitoral foram 15 vezes superiores aos do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), enquanto as doações recebidas pelo petista foram 8 vezes maiores.
O petista declarou ao TSE ter recebido R$ 35,3 milhões de doadores e R$ 37,5 milhões em despesas contratadas, dos quais R$ 33,6 milhões já foram pagos. Resta ainda, portanto, uma dívida de R$ 3,8 milhões à campanha de Fernando Haddad.
Entre os recursos aportados na conta eleitoral de Haddad, 95%, o equivalente a R$ 33,6 milhões, foram doados pelo PT. O restante se divide entre R$ 1,5 milhão em financiamento coletivo, R$ 111.069,18 em doações pela internet e somente R$ 26.824,32 em doações de pessoas físicas.
Já Bolsonaro, que apresentou à Corte eleitoral na sexta-feira, 16, uma declaração retificadora das contas para esclarecer 23 “inconsistências” apontadas pela área técnica do TSE, informou R$ 4,3 milhões em doações e R$ 2,4 milhões em despesas contratadas, montante já quitado.
Do dinheiro recebido pela campanha do presidente eleito, R$ 3,7 milhões (85%) vieram de financiamento coletivo, R$ 615.312 do PSL e do PRTB, partido de seu vice, general Hamilton Mourão, e apenas R$ 33.313,60 de pessoas físicas. (Com informações Veja.com).