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Michel Temer durante pronunciamento neste sábado (Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO)

Temer diz que não deixará a Presidência e pede suspensão do inquérito que o investiga

Michel Temer durante pronunciamento  neste sábado (Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Michel Temer durante pronunciamento neste sábado (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta sábado, 20, em pronunciamento de 12 minutos e meio no Palácio do Planalto, que ingressará no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de suspensão do inquérito aberto com autorização do ministro Edson Fachin para investigá-lo por suspeita de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa. O pedido foi protocolado por volta das 16h, depois de concluído o pronunciamento.

Ele também afirmou que não deixará a Presidência da República. “Digo com toda segurança: o Brasil não sairá dos trilhos. Eu continuarei à frente do governo”.

Na noite de 7 de março deste ano, Temer recebeu o empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, na residência oficial do Palácio do Jaburu. O empresário registrou a conversa com um gravador escondido e depois apresentou a gravação a investigadores da Operação Lava Jato, da qual se tornou delator.

No pedido de abertura de inquérito ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a conversa indica “anuência” de Temer ao pagamento de propina mensal, por Joesley, para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba pela Operação Lava Jato.

“Li hoje no jornal ‘Folha de S.Paulo’ notícia de que perícia constatou que houve edição no áudio de minha conversa com o sr. Joesley Batista. Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos. Incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil. Por isso, no dia de hoje, estamos entrando com petição no Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a autentiticidade da gravação”, declarou o presidente.

Logo após o pronunciamento, o advogado Francisco Assis, que participou do acordo de delação da JBS, afirmou que não houve edição do áudio. (Com informações do G1, Brasília).

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