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Palacete Coronel Fausto, sede do Executivo areia-branquense (Foto: Luciano Oliveira)

Prefeita diz que só uma auditoria apontará origem de dívida milionária herdada pela sua gestão

Palacete Coronel Fausto, sede do Executivo areia-branquense (Foto: Luciano Oliveira)
Palacete Coronel Fausto, sede do Executivo areia-branquense (Foto: Luciano Oliveira)

Só a realização de uma auditoria poderá apontar a origem das dívidas milionárias herdadas pela prefeita Iraneide Rebouças (PSD). A hipótese de fazer uma varredura nas contas da gestão passada foi levantada pela governante durante leitura da mensagem anual na quinta-feira, 23, abrindo os trabalhos legislativos do ano em curso, na Câmara Municipal de Areia Branca.

Na breve prestação de contas feita por Iraneide Rebouças aos vereadores, ela citou que assumiu a prefeitura com uma dívida superior a R$ 45 milhões. São exatos R$ 45.399.734,82. Com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entre parcelamentos e encargos pendentes, são mais de R$ 35 milhões.

A prefeita informou ainda, que existe uma dívida de mais de R$ 5 milhões só com salários atrasados dos servidores do município. Foi deixado um “prego” de R$ 1,7 milhão na TCL Limpeza Urbana e outros montantes consideráveis decorrentes de débitos com as companhias de Águas e Esgotos do RN (Caern) e Energética do RN (Cosern), além de operadoras de telefonia móvel, entre outros.

Conforme a prefeita em sua mensagem ao Legislativo, as dívidas encontradas, obras inacabadas e convênios suspensos nos diversos órgãos dos governos federal e estadual estão dificultando o início da atual gestão.

Governo em dois tempos

A gestão passada foi exercida em dois tempos. A prefeita eleita para governar Areia Branca no período de 2013-2016 foi Luana Bruno (PMDB), mas não terminou o mandato, pois faltando sete meses para concluí-lo foi cassada pela Câmara Municipal, acusada de ter praticado improbidade administrativa. As denúncias foram apresentadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e acatadas pela maioria dos vereadores da Casa (8 dos 11 com assento na edilidade).

Com a cassação de Luana Bruno, assumiu a prefeitura a vice-prefeita Lidiane Garcia (PMN). Ela ficou no cargo até o dia 31 de dezembro de 2016, totalizando sete meses de gestão.

Assim como aconteceu com o processo de transição, uma eventual auditoria nas contas da gestão passada teria que ser feita considerando os dois períodos: a primeira etapa referente aos três anos e cinco meses da gestão de Luana Bruno, e os sete meses restantes, correspondente ao período em que Lidiane Garcia exerceu o mandato.

Em contato com o site, pessoas próximas da prefeita Iraneide Rebouças são de opinião que ela deve auditar as contas da gestão passada e expor o resultado para a sociedade. Uma das fontes chegou a dizer  que “a prefeita tem que expor os malfeitos da gestão passada para depois não ser responsabilizada”.

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