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Dr. Bernardo é nome em ascensão entre os novatos com assento na próxima legislatura (Foto: Divulgação)

Novos deputados podem decidir Presidência da Assembleia Legislativa do RN

Dr. Bernardo é nome em ascensão entre os novatos com assento na próxima legislatura (Foto: Divulgação)

Por Ledson França – Assessoria Colaborativa

Eleito o terceiro deputado estadual mais votado do RN, com mais de 42 mil votos em sua primeira disputa, o médico Bernardo Amorim já é visto como opção dos novatos para a Presidência da Assembleia Legislativa do RN. Assim como ele, outros oito deputados são de primeiro mandato e, juntos, terão peso para decidir a eleição da Mesa Diretora.

Na legislatura anterior também teve nove deputados que não vieram de reeleição, mas não eram todos novatos. José Adécio e Álvaro Dias estavam de retorno à Casa onde exerceram vários mandatos depois de uma temporada fora da AL.

“Não tenho maiores ambições e acho cedo para tratar o assunto. O certo é que as urnas mostraram que o povo quer renovação em todos os níveis. Um legislativo forte e alinhado com o sentimento da população requer caras novas e novas atitudes na direção da Casa”, declarou Dr. Bernardo.

A eleição da Mesa Diretora da Assembleia só deve ocorrer em 1º de fevereiro de 2019, quando os deputados tomam posse. Até lá, o clima vai ser de articulação e costura política entre os pretendentes, novatos ou não. A reeleição do atual presidente Ezequiel Ferreira como deputado mais votado do estado o coloca como candidato natural. Mas, ele tem problemas a enfrentar, como as ações judiciais que recaíram sobre sua gestão. Além disso, muitos da sua base não conseguiram renovar o mandato. O governador Robinson, que ele apoiou, não se reelegeu e há resistências importantes ao seu nome como o deputado Nelter Queiroz, com quem teve disputas acirradas na campanha.

A escolha da Presidência da Assembleia também sofre influência do governador que for eleito, dada a importância estratégica, para o chefe do executivo, de ter o legislativo comandado por um aliado. Isso significa que a disputa pela primeira cadeira do Palácio José Augusto tem relação direta com o que vai acontecer neste segundo turno da eleição, em 28 de outubro próximo.

Tanto é assim, que a tomada de posição de deputados entre Fátima e Carlos Eduardo já está sendo pautada por compromissos que ambos venham a assumir para a presidência da Assembleia.

Há quem ache, também, que se Fátima for eleita, vai trabalhar para eleger um quadro do seu partido ou da sua base “raiz” para a Casa. Terá poucas opções para isso, já que o PT só elegeu dois novatos, Isolda Dantas e Francisco do PT. Souza, que foi reeleito, participou da coligação de Fátima mas ele é do PHS.

Carlos Eduardo tem mais opções nesse perfil como Hermano Morais, do DMB, que é bem articulado na Assembleia. Também os decanos Raimundo Fernandes e Getúlio Rego que fizeram parte de sua base de apoio na campanha.

O fato é que há um xadrez político sendo jogado nos bastidores e articulações da política do estado e, pelo visto, os novatos não querem ser tratados apenas como “marinheiros de primeira viagem”.

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