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Davi Alcolumbre

Davi Alcolumbre, do DEM, é eleito presidente do Senado em votação tumultuada

Davi Alcolumbre é um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa (Foto: Reprodução/TV Globo)

Com 42 votos, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado, 2, em primeiro turno, presidente do Senado. Aos 41 anos, ele é agora quem preside o Congresso Nacional e o terceiro brasileiro na linha sucessória do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PSL), atrás do vice Hamilton Mourão (PRTB) e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).

Em primeiro mandato, Alcolumbre teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de legislatura na Casa, mas, na disputa pela presidência, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros (MDB) e os aliados do governo Jair Bolsonaro – ele teve o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também filiado ao DEM.

É um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa. É casado, tem dois filhos, e nasceu em Macapá (AP) em 19 de junho de 1977. É filho do mecânico José Tobelem e da empresária Julia Alcolumbre. O senador é um dos poucos judeus na política brasileira.

É a segunda vez que o MDB perde uma eleição para a presidência do Senado desde o fim da ditadura. Renan Calheiros (MDB-AL) buscava se tornar presidente da Casa pela quinta vez. Mas abandonou a candidatura durante a eleição por entender o processo “deslegitimado”.

Com a vitória de Alcolumbre, o DEM passa a comandar o Senado Federal e a Câmara dos Deputados – na sexta-feira, 1º, Rodrigo Maia foi reeleito presidente da Câmara, também em primeiro turno.

O resultado da eleição no Senado foi o seguinte:

Davi Alcolumbre (DEM-AP) – 42 votos

Esperidião Amin (PP-SC) – 13 votos

Angelo Coronel (PSD-BA) – 8 votos

Reguffe (sem partido-DF) – 6 votos

Renan Calheiros (MDB-AL) – 5 votos

Fernando Collor (Pros-AL) – 3 votos

Trajetória 

Alcolumbre estreou na política no início deste século. Foi vereador em Macapá – de 2001 a 2003, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de outubro passado, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar.

No Senado, presidiu a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e participou de colegiados como a Comissão Temporária para Reforma do Código Comercial e da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul. Seus suplentes são José Samuel Alcolumbre Tobelem (DEM) e Marco Jeovano Soares Ribas (DEM).

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