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Presos iniciaram novo motim na Penitenciária de Alcaçuz, no RN, nesta terça (17) (Foto: Frankie Marcone/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Batalhão de Choque da PM entra em pavilhões de Alcaçuz para retirar presos e transferi-los para outras unidades

Presos iniciaram novo motim na Penitenciária de Alcaçuz, no RN, nesta terça (17) (Foto: Frankie Marcone/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Presos de Alcaçuz iniciaram novo motim  na terça (Foto: Frankie Marcone/Futura Press/Estadão Conteúdo)

O Batalhão de Choque da Polícia Militar entrou às 14h10 desta quarta-feira, 18, na Penitenciária de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte. A missão é retirar mais presos e transferi-los para outras unidades, ainda não reveladas. No final da noite da segunda-feira, 16, cinco detentos apontados como líderes de uma facção criminosa já haviam sido retirados.

No local, 26 detentos morreram durante uma rebelião no final de semana. Destes, segundo o governo, 15 foram decapitados. Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.

A remoção dos presos é uma nova tentativa de o Estado retomar o controle da unidade. Para a retirada dos detentos o governo está usando ônibus de turismo locados.

Mais cedo

Quatro ônibus com detentos deixaram a Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP) por volta das 10h20 desta quarta. Eles foram levados para o Presídio Provisório Raimundo Nonato, na Zona Norte de Natal. A expectativa é que os presos de Alcaçuz sejam transferidos para o PEP.

A Penitenciária Estadual de Alcaçuz foi palco de uma rebelião de mais de 14 horas entre o final da tarde do sábado e a manhã domingo, 15, quando 26 detentos foram mortos. Desde então a situação é tensa na unidade.

Confronto

Para a retirada dos detentos o governo está usando ônibus de turismo locados (Foto: Fred Carvalho/G1)
Para a retirada dos detentos o governo está usando ônibus de turismo locados (Foto: Fred Carvalho/G1)

Os integrantes do Sindicato do RN, a mais numerosa organização criminosa do Estado, estão em confronto com o Primeiro Comando da Capital (PCC), que domina um dos cinco pavilhões de Alcaçuz. Detentos das duas facções rivais estão soltos dentro da penitenciária.

Assim como tem ocorrido desde a matança, vários detentos passaram a noite desta quarta-feira sobre os telhados dos pavilhões. Outros fizeram fogueiras. Desde 2015, Alcaçuz não tem grades nas celas, destruídas durante uma rebelião. Antes, elas existiam, mas ficavam abertas.

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), classifica o massacre em Alcaçuz como “retaliação” ao que ocorreu em Manaus, onde presos supostamente filiados ao PCC foram mortos por integrantes de uma outra facção do Norte do país. (Com informações do G1 RN).

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